Hoje vamos falar de paixão no trabalho. Ou melhor, da não paixão.
“Siga seu coração.”
“Trabalhe com o que você ama.”
“Encontre sua paixão no trabalho e sua vida terá sentido”.
Mas, quem realmente tem uma paixão? E quão fácil é transformar uma paixão em trabalho?
Quando colocamos a paixão no trabalho como destino final, estamos dizendo que existe um só caminho profissional. E que ele está ali, escondido, pronto para ser descoberto.
Quanta pressão para ter que encontrar ESSE ÚNICO caminho.
Mas, as pessoas são multifatoriais. Se interessam por diversos assuntos. Tem inúmeras curiosidades. Muitas aptidões.
A paixão não é fixa. Podemos desenvolver novos interesses, aprender, experimentar.
Vamos pensar na paixão pelo trabalho como consequência do esforço e não como causa. Quanto mais a gente aprende uma habilidade, mais se desenvolve nela. Quanto mais experts nos tornamos em determinado assunto, mais nos interessamos por ele. E assim, nasce uma paixão.
Quando seguimos apenas a paixão, tendemos a fugir assim que encontramos algum obstáculo. Justificamos as falhas, as dificuldades, os dias ruins como “não era para ser”, “não nasci para isso”, “não tenho esse talento”. Saiba que essa paixão idealizada, de que todo dia dá certo e é feliz, não existe. Encarando desafios como aprendizados é que nós vivemos a vida real.
Então, não busque pela paixão no trabalho. Aprenda. Melhore. E se torne cada vez melhor naquilo que você faz. Quem sabe assim você descobre uma paixão…
Dica de filme sobre paixão/propósito: Soul da Disney/Pixar. Já viram?
Deixo aqui o trailer para vocês: